sábado, 2 de outubro de 2021

Juazeiro do Norte registra mais de 250 atendimentos de combate à violência contra a mulher neste ano

Projeto das Marias

De acordo com a Vigilância Socioassistencial de Juazeiro do Norte, o município registrou 258 atendimentos de combate à violência contra a mulher apenas em 2021. Além disso, 119 vítimas mulheres foram atendidas pelo Centro de Referência da Mulher por meio de assistência psicológica e social, bem como por meio de orientações jurídicas.


A titular da Secretaria de Desenvolvimento Social e Trabalho de Juazeiro do Norte, Zuneide Rodrigues, informou, em entrevista à rádio CBN Cariri na sexta-feira, 1º de outubro, que o centro de referência, além de prestar serviços voltados às vítimas, também trabalha reeducando os agressores. “Esses agressores passam por uma reeducação através do acompanhamento psicossocial com a equipe especializada. Ele se chama Projeto das Marias, onde foram encaminhados, pelo juizado da mulher e pelo promotor de justiça, 297 homens”, explica a titular.


Ao fim do último processo de reeducação, seis homens ficaram como voluntários no projeto. Zuneide explica que eles passaram a ter consciência da violência praticada, decidindo, por conta própria, ajudar na conscientização de futuros agressores que forem reeducados. Os agressores passam pelo projeto de forma obrigatória, encaminhados pela justiça. Além disso, a Secretaria de Desenvolvimento Social e Trabalho de Juazeiro do Norte possui diversos atendimentos voltados para mulheres que são agredidas e desejam denunciar.


"A nossa secretaria tem grupos na rede básica de atenção, que são os Centros de Referência de Assistência Social (CRAS), onde todos têm grupos que palestram para mulheres e fazem atividades voltadas às mulheres. Mas, na rede especial, aquela mulher que já sofreu a violência pode estar discando no 180, que é um disque denúncia nacional. Ela pode estar procurando também o Centro de Referência da Mulher (CRM), a Patrulha da Maria da Penha, que é ligada à secretaria de segurança, discando 153, a Delegacia da Mulher, a Defensoria Pública, o Ministério Público e o Juizado de Violência Contra a Mulher", explica Zuneide.


Ainda assim, os casos de violência contra a mulher são subnotificados e possuem baixa procura de serviços. A pandemia da Covid-19 acabou por aumentar a incidência de violência. "Para muitos, o trancar em casa foi uma medida protetiva, mas para muitas mulheres, foi permanecer com um agressor 24 horas. Então, esse boletim traz dados para que cada vez mais a gente tenha ciência e possa repassar essas informações para tantas mulheres pedindo para denunciar", completa a titular.


Fonte: O Povo

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