A estudante do curso de Eletrotécnica do IFCE-campus Juazeiro do Norte, Letícia Vieira da Silva, foi aprovada na Smith College, uma faculdade de artes liberais só para mulheres no estado de Massachusetts (EUA), com bolsa completa. A seleção considera diversos aspectos da vida acadêmica, social e pessoal da aplicante.
Essa é mais uma das conquistas da Letícia, que já participou de várias olimpíadas, competições e pesquisas científicas e obteve mais de 20 medalhas. “Estou sentindo um misto de emoções, alegria, ansiedade, realização, acho que a ficha não caiu ainda, acho que isso vai acontecer totalmente só quando eu estiver lá. Mas de qualquer forma é uma sensação muito boa de que todo esforço até aqui foi recompensado”, comemora.
Letícia destaca que o IFCE - campus Juazeiro desempenhou um papel central ao longo do seu desenvolvimento acadêmico e pessoal que culminaram na aprovação. “O IFCE foi fundamental para esse resultado. Eu pude participar de diversas atividades extracurriculares, o Comitê Olímpico Institucional (COI), o Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas (Neabi), o grupo de estudos feministas, entre outros. Tudo isso me ajudou demais a ter um perfil forte para universidades americanas. Foi no IFCE também que eu conheci o Programa “Oportunidades Acadêmicas”, que me acompanhou o ano inteiro. As cartas de recomendação exigidas pelas universidades foram feitas por docentes do IFCE. Agradeço muito aos professores Rodrigo Almeida, Joquebede Alencar, Paulo Sérgio, e à psicóloga Fabrícia Keilla Oliveira, que me apoiaram durante todo esse processo”, fala.
Ela explica que nos EUA a escolha de disciplinas é bastante ampla, então, pretende se graduar em Engenharia dedicando-se a aspectos mais específicos relacionados à aeronáutica e a área aeroespacial, e quando concluir aprofundará essas temáticas no mestrado e doutorado. “Além disso, pretendo realizar um minor em Astronomia, que é basicamente uma formação na área, mas não tão aprofundada quanto uma graduação, de fato as oportunidades são muitas, tanto de disciplinas que posso cursar, quanto de pesquisas e projetos que posso fazer. Então, isso me deixa muito animada”, diz.
Letícia conta que a Smith College é uma instituição criada por mulheres para mulheres e esse tipo de instituição nos EUA está ligada a uma história de ativismo pelo direito das minorias sociais tanto na questão na equidade de gênero, no antirracismo e pelos direitos da comunidade LGBTQIA+. “É o lugar ideal para fortalecer duas partes da minha vida: o ativismo social e o desenvolvimento acadêmico em ciências e engenharia, por isso ela foi minha primeira escolha”, enfatiza.
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