A influenciadora digital juazeirense Thayse Letícia, a ‘Lelete’, relatou na ferramenta stories do Instagram, na última terça-feira (21 de dezembro), ter sido vítima de transfobia por parte de um motorista do aplicativo Uber, em Fortaleza. Na manhã desta quinta-feira (23), ela conversou com a equipe de reportagem.
O Brasil é o país que mais mata pessoas LGBTQIA+ no mundo. Segundo relatório da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), foram 80 pessoas transexuais mortas só no 1º semestre deste ano.
À nossa equipe, Lelete conta que estava a caminho de um compromisso com seu colega de casa, e que o carro foi acionado através da conta dele. “O aplicativo foi acionado pelo celular dele, na conta dele. O carro chegou, entramos. Eu tava com a máscara na mão e terminando de digitar no meu telefone. Eu estava em uma conversa. Aí foi quando ele começou a me destratar, me tratando no masculino”.
Lelete afirma que, no percurso da corrida, os atos de transfobia continuaram. “Eu fui percebendo, mas, ao mesmo tempo, ficando esperta, para ver se ele realmente estava se confundindo ou ele estava fazendo de propósito. Foi aí onde eu cheguei à conclusão que era proposital”.
“Em dado momento, precisei baixar a máscara bem rapidinho para usar o reconhecimento facial e desbloquear o celular, e já ia colocar novamente. Aí foi quando ele me chamou de ‘macho’ […] De última, foi quando eu mesma baixei a máscara para ver se ele novamente iria me tratar no masculino. E foi aí onde ele falou novamente e eu tive a conclusão”, complementa Lelete.
A influenciadora afirmou que contactou a plataforma Uber, que teria afirmado compromisso em resolver o problema. “Ele me gritou, falando que ia chamar a polícia e queria deixar a gente a pé, parar a corrida, Irresponsável. Relatei a denúncia na Uber”.
Fonte: Site Miséria
Nenhum comentário:
Postar um comentário