O Ceará registrou 43 óbitos por Covid-19 inseridos no IntegraSUS, plataforma da Secretaria da Saúde estadual (Sesa), nesta segunda-feira (24 de janeiro de 2022). É o maior acréscimo de 2022, superando o último dia 17, quando foram contabilizadas 41 mortes na atualização dos dados estaduais. Os dados consideram até este domingo (23). Desde o início da pandemia, 25.039 pessoas perderam a vida para a doença.
As mortes inseridas na nova atualização da plataforma estadual não representam, necessariamente, óbitos ocorridos entre sábado e domingo. Os dados podem trazer um acumulado de outros dias. Nas últimas 24 horas, um óbito por coronavírus foi confirmado.
2022 já registrou 197 óbitos por Covid-19, também de acordo com o IntegraSUS. Uma semana antes de acabar, janeiro de 2022 já supera em 207% as mortes de dezembro de 2021 (64 ao todo). No dia 17 deste mês, 16 pessoas morreram por conta da doença no estado.
Ao todo, o Ceará tem 1.032.651 casos de Covid-19 confirmados e 81.562 em investigação. Em relação aos óbitos, já foram contabilizados 25.039 no estado. Com isto, o Ceará tem taxa de letalidade de 2,4 até esta segunda-feira (24).
Taxa de positividade da ômicron no Ceará
A taxa de positividade da variante ômicron da Covid-19 subiu de 3% para 60% entre o fim de dezembro de 2021 e início de janeiro de 2022, segundo o coordenador da Rede de Vigilância Genômica Fiocruz no Ceará, Fábio Myajimi. O especialista reforça que a taxa ainda se encontra maior agora no fim de janeiro e atinge quase 74%.
“A grande maioria dos testes não detectava e passou a ter uma quantidade considerável de testes detectáveis, ou seja, teste positivo. Mas o que mais chama a atenção é a quantidade de testes positivos em relação ao total. Então a taxa de positividade saiu de 3% para mais de 60%. Essa taxa de positividade está maior ainda agora se encontra acima de 70% até 74% mostra o gráfico”, afirmou o especialista.
Importância da vacinação
Fábio Myajimi destacou também a importância das três doses contra a Covid-19 e lembrou que pessoas não imunizadas possuem 13 vezes a mais ter a chance de contrair a doença e 68 vezes maior a chance de morrer por conta do coronavírus.
“Eu posso dizer com certeza que a vacinação tem um papel mais preponderante de todos. Pessoas que não são vacinadas tem 13 vezes a mais — a maior chance — de acordo com estudos recentes nos Estados Unidos de contrair a doença e 68 vezes maior de vir ao óbito. Ou seja, não é um dado desprezível. Ter o esquema vacinal é muito importante e ter a terceira dose. Para quem está na hora de tomar a terceira dose é muito importante se vacinar porque minimiza o risco”, disse.
Sobre a terceira onda, o especialista da Fiocruz explica que existe uma tendência das pessoas de infectarem de novo por conta de nossas mutações do vírus.
“Existem apenas modelos de predição. Que são apenas modelos. Sabemos que se surgir alguma mutação que seja altamente seletiva e der uma vantagem de competição para uma super variante por exemplo da Ômicron que já existe.’
“Já há uma existente na Europa e na África. Essa onda tem uma tendência de ser muito aguda e muito alta. Pode ser que ela recue mais rapidamente, mas a gente não tem certeza porque se mecanismo de evolução viral conseguir evadir a defesa muitas pessoas podem se infectar novamente”, completa.
Risco maior de contaminação
Fábio Myajimi afirmou ainda que a Ômicron é mais contagiosa do que qualquer outro vírus e que as medidas de isolamento e cuidados com a higiene devem ser tomados com responsabilidade.
“Eu alerto a todos que a variante Ômicron é muito mais contagiosa do que qualquer outra. A taxa de reprodução básica dela que é o R0 que mede a capacidade do vírus se multiplicar e também infectar outras pessoas é maior inclusive da Influenza da gripe. Ou seja, nós temos uma diminuição de casos de Influenza no momento porque a Ômicron tem ascendência monstruosa.”
Fonte: g1 CE
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