quarta-feira, 26 de janeiro de 2022

Taxa de transmissão do coronavírus no Ceará é a maior desde o início da pandemia, diz estudo

Número efetivo de reprodução do coronavírus no Ceará, segundo grupo de estudos gaúcho. Foto: Reprodução

A taxa de transmissão do coronavírus no Ceará é, atualmente, a mais alta já registrada no estado desde que o vírus começou a circular. Segundo o grupo Covid-19 Analytics, da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), no dia 11 de janeiro deste ano, o R0 ou Rt, como é chamada a taxa de transmissão (ou reprodução) do coronavírus, era de 2,57.

Isso significa dizer que 100 pessoas infectadas têm a capacidade de transmitir o vírus para outras 257 não infectadas. Epidemiologistas alertam que o ideal é que o índice se mantenha abaixo de 1, assim a circulação do coronavírus pode ser considerada como "controlada".

Os números vêm crescendo paulatinamente desde o dia 11 de dezembro de 2021, quando o Ceará registrava R0 de 1,32. Em um mês, ele praticamente dobrou para 2,57.

Antes desse período, o Ceará já havia apresentado um outro momento com índices altos de transmissão. Na primeira quinzena de novembro, o estado chegou a atingir o índice 2 na taxa de reprodução do vírus, ou seja, 100 pessoas transmitiam para outras 200.

Antes de tudo, entre o fim de agosto e o dia 14 de outubro, o grupo considerou que a taxa foi zerada, ou seja, a transmissão praticamente não ocorria no estado. Neste período, os índices da pandemia foram baixos, com poucos casos e óbitos provocados pela doença viral.

Mais de 1 milhão de casos

O Ceará ultrapassou a marca de 1 milhão de casos de Covid-19 desde o início da pandemia no sábado (22). Atualmente, já foram confirmados 1.040.161 infecções pelo coronavírus no estado, dos quais 25.053 tiveram complicações e morreram.

Atualmente, o Ceará está em uma terceira onda da Covid-19. A informação foi confirmada pela Secretaria da Saúde do estado e é observada a partir de dados e gráficos da pasta no IntegraSUS. No entanto, o cenário é diferente das outras duas ondas: enquanto o número de casos confirmados sobe de forma abrupta, os índices de mortes crescem mais lentamente, o que garante uma baixa letalidade.

Fonte: g1 CE

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