segunda-feira, 2 de maio de 2022

Beatificação da Menina Benigna é marcada para 24 de outubro pelo Vaticano


Benigna Cardoso, de Santana do Cariri, será beatificada no dia 24 de outubro deste ano de 2022, em solene celebração presidida por sua Eminência, o Cardeal Marcello Semararo, Prefeito da Congregação das Causas dos Santos, na Praça da Catedral de Nossa Senhora da Penha, em Crato. A informação foi confirmada pela Santa Sé, em Roma.

 

A data foi uma resposta do Cardeal prefeito da Congregação da Causa dos Santos a uma carta escrita pelo bispo diocesano, Dom Magnus Henrique, e enviada no final do mês de fevereiro, propondo três datas para a beatificação. A resposta chegou à Diocese de Crato no último dia 28 de abril. Na carta, o Cardeal apresenta a data de 24 de outubro, dia de importante simbologia, pois marca a data do martírio da Serva de Deus Benigna Cardoso.


O anuncio oficial se deu na tarde desta segunda-feira, 02 de maio, durante Coletiva de Imprensa, por Dom Magnus. Benigna, considerada “heroína da castidade”, será a primeira beata nascida no Ceará a receber o título. A promulgação do, no qual o Papa Francisco autoriza a beatificação dela, aconteceu em 02 de outubro de 2019. A beatificação que, anteriormente, deveria acontecer em 2020, foi adiada devido à pandemia da Covid-19.

 

“Com alegria e júbilo anunciamos a beatificação da Menina Benigna, martirizada em nossa diocese”, disse o bispo diocesano.

 

Logotipo oficial

Na ocasião do anúncio da data de beatificação da Mártir Benigna Cardoso, também foi apresentado à imprensa e a toda a diocese, o logotipo oficial que será usado nos preparativos e no dia da celebração. Entenda a escolha de cada elemento e a sua simbologia:



O logotipo oficial da Beatificação de Benigna Cardoso da Silva, virgem e mártir, foi idealizado a partir do formato de uma Cruz, símbolo que evoca a centralidade da fé cristã, o mistério pascal: paixão, morte e ressurreição de Jesus. Desse mistério vive a Igreja pela fé, participando dos sofrimentos e da vitória do Senhor, testemunhando a esperança do Reino e atualizando no mundo a caridade de Cristo.

 

Na cruz foram inseridos os elementos que evocam a vida e o ambiente de Benigna, aludindo à realidade humana assumida por Cristo. Mediante a participação no seu mistério pascal o ser humano encontra sua dignidade de filho de Deus e herdeiro do Reino dos Céus; nisso, até a natureza “que aguarda a manifestação dos filhos de Deus” (Rm 8,19) é beneficiada pelo mesmo mistério da redenção.

 

Calcário laminado: É o tipo de rocha predominante em toda a região do município de Santana do Cariri; muito utilizada na edificação das casas de famílias simples do lugar. Faz referência ao lugar geográfico onde viveu a nossa mártir e à própria residência de Benigna. Foi sobre uma mina de calcário laminado que Benigna Cardoso sofreu o martírio banhando-a com o seu sangue, e oferecendo a vida sobre a rocha de sua fé. Foram desenhadas doze pedras no logotipo representando os apóstolos, fundamentos da Igreja, e a fé que eles transmitiram, a qual, acolhida por Benigna, resultou na solidez do seu testemunho de vida.

 

A palma: Símbolo do martírio. É um símbolo bíblico colocado pelo livro do Apocalipse na mão dos que derramaram seu sangue como Cristo. Os que venceram a grande tribulação e cantam no céu a vitória de Jesus, o Cordeiro imolado e ressuscitado. (Ap 7,14-17)

 

Os lírios: Símbolo de pureza e santidade. Fazem referência à vida ilibada que ela conservou por causa do Reino de Deus, obtendo no mesmo dia em que entregou sua santa alma a Deus o título de “Heroína da Castidade”, escrito pelo pároco ao lado do seu registro de batismo.

 

Detalhe vermelho e branco: O detalhe vermelho com bolinhas brancas indica a veste que, profeticamente, Benigna trajava por ocasião do seu martírio. O vermelho lembra o sangue e o branco a santidade de vida. Vestida com os sinais de suas heroicas virtudes ela ofereceu o seu exemplo, imitando a Cristo na vida e na morte.

 

Rosto adolescente: O desenho do rosto de benigna finaliza o logotipo. Está posto no lugar da cruz onde esteve o Senhor e Mestre a quem ela seguiu no mesmo caminho de calvário, atualizando as palavras de São Paulo: “já não sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim.” (Gl 2,20) . O rosto vazado lembra que o suplício do martírio cede lugar à ressurreição, à vida definitiva. Escolheu-se a representação em silhueta, sem muitos detalhes, como um convite para que todos, especialmente os adolescentes e jovens, sintam-se, aí, contemplados na medida em que acolham o evangelho e vivam os valores do Reino de Deus, buscando viver como Benigna viveu.

 

Por Jornalista Mychelle Santos

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