Aratasaurus museunacionali: fez parte da mesma linha evolutiva do Tyrannosaurus rex, apesar de não ser da mesma família. Foto: Divulgação |
Apaixonados pelo mundo pré-histórico ganham hoje um motivo para ir ao cinema. Estreia o terceiro filme da franquia "Jurassic World". Mas nós que somos cearenses ficamos sempre nos perguntando: os nossos répteis gigantes são os mesmos que estão na telona?
O palentólogo Antonio Alamo Feitosa Saraiva explica que os fósseis encontrados aqui são de animais que habitaram o planeta muito antes daqueles:
"O nosso material é do Cretáceo Inferior enquanto essas representações do filme são do Cretáceo Superior. Os nossos fósseis são cerca de 40 a 50 milhões de anos mais velhos."
Ou seja, os répteis do Cariri eram menores e provavelmente ancestrais daqueles do filme.
"O Santanaraptor placidus é um raptorídeo basal enquanto o Tyrannosaurus rex é a forma mais evoluída", exemplifica o professor.
No filme, as cenas de ação costumam envolver raptores. Eram animais ágeis. O nome tem a ver com o comportamento que eles tinham. Velocidade era uma das características do Santanaraptor placidus, espécie que faz dupla homenagem: à cidade de Santana do Cariri, onde foi encontrado, e ao professor já falecido Plácido Cidade Nuvens, que foi reitor da Urca e contribuiu muito para a preservação dos fósseis.
Outra espécie do Cariri que é considerada um ancestral do famoso Rex, apesar de não ser da mesma família, é o Aratasaurus museunacionali. Ele era maior que o Santanaraptor. Enquanto o Santanaraptor pesava cerca 30kg e tinha o tamanho de um bezerro, o Aratasaurus tinha cerca de 3 metros. Era grande, porém ainda a metade do Rex, com seus 6 metros no mínimo.
A alimentação é outra semelhança entre os nossos dinossauros e alguns do filme. Esses três eram carnívoros. Por isso, quando um é encontrado, o certo é correr o mais rápido possível.
A dica para quem for assistir ao filme é a seguinte: se tiver oportunidade, visite Santana do Cariri num fim de semana ou nas férias. A cidade tem réplica de dinossauro até em praça, e o museu de Paleontologia é um dos mais importantes do Nordeste. Nele, além de réplicas, você vai ver os fósseis: a maior prova de que essas criaturas gigantes e fascinantes realmente existiram.
Fonte: Diário do Nordeste
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