Morta aos 13 anos após recusar ter relações sexuais com um rapaz, a agora beata Benigna Cardoso se transformou em um símbolo do enfrentamento à violência de gênero. Assim como ela, outras mulheres continuam vítimas de agressões, humilhações e dependência financeira de homens, pelo simples fato de serem mulheres - uma das principais características da violência de gênero.
Nos últimos dois anos, quando as estatísticas passaram a ser divulgadas pelo Governo do Ceará, há registros oficiais de 4.785 mulheres no contexto da Lei Maria da Penha, no Cariri, entre janeiro de 2021 a setembro de 2022.
O Cariri fica atrás apenas da capital Fortaleza, em números totais de casos em cada ano: foram 2.674 ocorrências em todo o ano passado e 2.111 nos nove primeiros meses de 2022, conforme dados da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social.
Em casos mais recentes, da semana passada, dois homens foram presos por agressão a mulheres de suas famílias em Antonina do Norte e Assaré. No primeiro, um deles ameaçava a companheira e a filha, enquanto na segunda cidade, uma adolescente de 17 anos denunciou o companheiro, de 28.
Estes dois registros estão inseridos no contexto de violência crescente contra mulheres. A média de crimes deste tipo, na região, passou de 216 ocorrências por mês, no ano passado, para 232 casos, atualmente. Ainda restando dois meses para o final do ano, 2022 já representa 79% do total de casos de 2021.
Fonte: Jornal do Cariri
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