O Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) autorizou, nesta sexta-feira (23 de dezembro de 2022), que Wesley Safadão volte a usar o jatinho avaliado em R$ 37 milhões. A decisão ocorreu um dia após a aeronave ter o uso bloqueado em meio a uma ação movida por clientes lesados pelo empresário Francesley da Silva, conhecido como "Sheik dos Bitcoins".
A aeronave teve o pedido de aresto - um tipo de bloqueio preventivo de um bem para o pagamento de uma dívida - solicitado em uma batalha judicial movida desde outubro. À época a defesa do artista disse que Safadão também foi vítima do Sheik, e o veículo foi dado como garantia de que ele teria de volta o valor investido.
A nova decisão desta sexta-feira, que autoriza o uso da aeronave, é resultado de um recurso de Agravo de Instrumento com pedido de efeito suspensivo, interposto por WS Shows, empresa de Wesley Safadão, que solicitou ao TJ-PR que a aeronave seja mantida no Hangar da TAM, onde se encontra.
Na nova decisão, o juiz de direito substituto em 2º grau, Evandro Portugal, aceitou os argumentos apresentados pela empresa, como os custos elevados da paralisação da aeronave, o que poderia acarretar uma deterioração precoce. Também foi alegado pelo Tribunal que "o transporte é indispensável para o cantor realizar as suas atividades profissionais".
A WS Shows, empresa do artista, está realizando o trâmite para a compra do jato, mas o processo ainda não foi concluído.
Wesley Safadão está em Orlando com a família e ainda não comentou sobre os acontecimentos envolvendo a aeronave.
No dia da decisão que impossibilitou o uso da aeronave, a WS Shows divulgou uma nota dizendo ter sido surpreendida com a decisão do bloqueio, mas já estava nas mãos da Justiça "para que tudo seja resolvido da melhor e mais justa forma".
Sheik dos Bitcoins
O Sheik dos Bitcoins é líder de um esquema que movimentou cerca de R$ 4 bilhões em fraude no Brasil, envolvendo pirâmide financeira com comercialização de criptomoedas, segundo a Polícia Federal.
Francesley está preso desde 3 de novembro, quando foi alvo de operação da corporação. Ele foi denunciado pelo Ministério Público do Paraná pelos seguintes crimes:
organização criminosa;
crimes contra a economia popular (esquema de pirâmide);
lavagem de dinheiro;
estelionato;
emitir, oferecer ou negociar, de qualquer modo, títulos ou valores mobiliários sem registro prévio de emissão junto à autoridade competente, em condições divergentes das constantes do registro ou irregularmente registrados.
Fonte: g1 CE
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