A Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) já encaminhou aos 184 municípios do Estado a dose de reforço bivalente contra a covid-19. A aplicação do imunobiológico da Pfizer/Comirnaty começará a partir desta segunda-feira (27), conforme calendário de cada município. De acordo com o Programa Nacional de Vacinação 2023, do Ministério da Saúde (MS), esta etapa do cronograma está dividida em cinco fases – todas elas contemplarão pessoas a partir de 12 anos que fazem parte de grupos prioritários.
Na primeira, podem se vacinar indivíduos imunocomprometidos; acolhidos e trabalhadores em instituições de longa permanência; indígenas, ribeirinhos e quilombolas; e idosos com 70 anos ou mais.
Na sequência, a campanha será voltada para pessoas de 60 a 69 anos. Na fase 3, o público-alvo são gestantes e puérperas. Depois, serão vacinados profissionais da Saúde e, na última fase desta etapa, estão pessoas com deficiência permanente, adolescentes cumprindo medidas socioeducativas, população privada de liberdade e funcionários do sistema prisional. A meta do MS é vacinar 90% desses grupos.
Para receber o reforço bivalente, no entanto, é preciso ter completado, pelo menos, o esquema primário de vacinação com as doses monovalentes (D1+D2).
O titular da Secretaria de Vigilância em Saúde (Sevig) da Sesa, Antônio Silva Lima Neto (Tanta), explica que a campanha nacional tem dois grandes objetivos: garantir o reforço da proteção de grupos prioritários contra a doença e incentivar a conclusão do esquema vacinal daqueles que ainda não o finalizaram.
Perguntas e Respostas – Dose de reforço bivalente contra a covid-19
“É importante aguardar o Ministério da Saúde em relação à divulgação do cronograma das próximas etapas, com os públicos que receberão a vacina bivalente. Além disso, a estratégia é uma oportunidade para atualizar a situação vacinal das pessoas que não fazem parte dos grupos prioritários com as doses monovalentes disponíveis no momento”, acrescenta o gestor.
Para a vacinação, é necessário apresentar documento que comprove o pertencimento aos grupos prioritários. A execução da aplicação é de responsabilidade dos municípios. Em caso de dúvidas, consulte a prefeitura ou a Secretaria Municipal de Saúde.
Combate à Ômicron e suas subvariantes
O reforço bivalente Pfizer/Comirnaty contém uma mistura de cepas do coronavírus – a original e as subvariantes da Ômicron BA.4 e BA.5. Este imunizante integra a segunda geração de vacinas contra a doença.
“Considerando o cenário e os estudos epidemiológicos que estimaram a eficácia das vacinas contra a covid-19, constatou-se uma redução da proteção imunológica ao longo do tempo, sobretudo em idosos, associada principalmente às infecções pela variante Ômicron e suas sublinhagens. Logo, faz-se necessária a imunização da população”, reforça o secretário.
Reforço bivalente
Pessoas não vacinadas ou que receberam apenas uma dose da vacina devem iniciar ou completar o esquema primário com duas doses monovalentes (D1 + D2). Após isso, com intervalo de quatro meses da última aplicação, o reforço bivalente Pfizer/Comirnaty poderá ser administrado.
Já pessoas que completaram o esquema primário ou que receberam uma ou duas doses de reforço estão aptas a receber a vacina bivalente, também respeitando o intervalo de quatro meses desde a última dose recebida.
As vacinas estão presentes na rotina da população brasileira, a exemplo dos imunobiológicos BCG ID, poliomielite inativada, meningocócica C e para hepatite B – todos previstos no calendário nacional. O histórico de vacinação no País foi construído por meio da crescente e constante oferta de imunizantes, aliada à vigilância de seus efeitos de proteção.
“Precisamos, ainda, colocar a cultura da vacinação contra o coronavírus no cotidiano da população. Campanhas como esta melhoram o índice de vacinação e estabilizam os dados, mas o que faz com que a gente tenha sucesso mesmo é a atenção primária à saúde, no dia a dia. As vacinas estão disponíveis e isso precisa ser relembrando ininterruptamente”, diz o titular da Sevig.
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