O ministro da Educação, Camilo Santana (PT), reconheceu, nesta segunda-feira (19 de junho de 2023), que o novo plano do Ensino Médio possui equívocos e espera que até julho tenha uma definição para a lei entrar em vigor. O Ministério da Educação prorrogou a consulta pública do Novo Ensino Médio por mais 30 dias.
Novo Ensino Médio aumenta a carga horária dos colégios, muda a distribuição de disciplinas no currículo e possibilita que os alunos escolham em quais áreas vão se aprofundar.
O anúncio ocorreu durante a entrega de 60 novos leitos no Hospital Walter Cantídio em Fortaleza. São enfermarias para as clínicas I e II, aumentando em 30% o atendimento.
"A maneira mais democrática para fazer mudanças importantes é ouvindo os estudantes, professores e especialistas. Então nós reconhecemos que há equívocos na condução do processo de implantação e há correções a serem feitas".
"Queremos que até julho a gente possa ter uma definição já para começar o segundo semestre om as mudanças necessárias e importantes."
O ministro da Educação falou também sobre a ampliação do financiamento do curso de medicina por meio do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Em junho Camilo Santana aumentou o limite para financiamento do curso de Medicina para alunos que contratam o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), elevando o valor para R$ 60 mil por semestre.
"Uma das primeiras reivindicações que recebi quando cheguei no ministério foi mudança no Fies. Algumas mudanças podem ser feitas internamente pelo grupo gestor que são formados por alguns ministérios do Governo Federal. Outros precisam de projeto de lei. Isso era uma das reivindicações que os estudantes de medicina faziam porque o teto estava muito baixo diante dos valores das prestações das mensalidades cursos de medicina privados do Brasil. Tanto que o estudante já entrava no curso de medicina já comprometendo o orçamento sem condições de, aliás, ficar devendo. Aumentando para R$ 60 mil que foi a média estudada pelo grupo gestor".
O que é o Novo Ensino Médio?
É um novo modelo obrigatório a ser seguido no ensino médio por todas as escolas do país, públicas e privadas.
A lei estipula aumento progressivo da carga horária. Antes, no modelo anterior, eram, no mínimo, 800 horas-aula por ano (total de 2.400 no ensino médio inteiro). No novo modelo, a carga deve chegar a 3.000 horas ao final dos três anos.
Desde 2022, as disciplinas tradicionais passaram a ser agrupadas em áreas do conhecimento (linguagens, matemática, ciências da natureza e ciências humanas).
A partir deste ano, cada estudante passou a poder montar seu próprio ensino médio, escolhendo as áreas (os chamados "itinerários formativos") nas quais se aprofundará.
Fonte: g1 CE
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