O Tribunal do Júri da Comarca de Cedro acolheu integralmente as teses defendidas pelo Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) e condenou, nessa terça-feira (18/07), em júri popular, Jonatha dos Anjos Silva a 35 anos e seis meses de prisão, em regime inicial fechado, pelo feminicídio de sua ex-companheira, Patrícia Alves de Matos, e pela tentativa de homicídio contra D.A.M, familiar da vítima. O promotor de Justiça Alexandre Paschoal Konstantino representou o órgão ministerial durante o julgamento.
De acordo com a denúncia do MPCE, na noite de 14 de outubro de 2022, Jonatha dos Anjos Silva, conhecido como Dudú, foi até um bar na zona rural de Cedro (CE), onde acontecia um bingo, com diversas pessoas presentes. No local, passou a ingerir bebida alcoólica. Algum tempo depois, sua ex-companheira Patrícia Alves de Matos chegou ao local acompanhada de familiares.
Abordada por Dudú, que já vinha perseguindo a vítima por não aceitar o fim do relacionamento, a mulher recusou sua presença, afastando-o com o braço. Foi quando o criminoso, reclinado sobre a cadeira onde a vítima estava sentada, de maneira a não lhe dar chance de resistência, puxou uma faca cintura, do tipo peixeira, e desferiu dois golpes contra ela, acertando-a no tórax e abdômen.
Ao perceber a agressão, o primo da vítima, D.A.M, correu para tentar imobilizar Dudú, que reagiu tentando esfaquear o homem, acertando-o no abdômen e fugindo em seguida. As duas vítimas foram socorridas para o Hospital de Cedro. Patrícia Alves de Matos não sobreviveu aos ferimentos e veio a óbito. Seu primo, D.A.M, sobreviveu após passar por cirurgia.
O réu foi condenado por homicídio qualificado, com os agravantes de motivo torpe, uso de recurso que impossibilitou defesa da vítima e crime de feminicídio, além de tentativa de homicídio qualificado, com agravante relativo à intenção de assegurar a impunidade.
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