Foto: Nívia Uchôa |
Números divulgados pelo ICMBio apontam que a Floresta Nacional (Flona) do Araripe registrou aumento superior a 132% nas visitações entre os anos de 2021 e 2022. O salto foi de 28 mil para 65 mil visitantes anuais. O crescimento é atribuído a inúmeros fatores, que vão desde a busca da população por espaços naturais ao aumento no investimento de novos atrativos, como trilhas e mirantes, a exemplo do Completado Ambiental do Caldas.
Carlos Augusto, chefe do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) Araripe, conta que, na estratégia de aumentar o número de visitantes, se busca trabalhar também a educação ambiental junto aos parceiros e ao conselho construtivo da unidade. “Encontrar esse balanço entre o aumento de visitantes e o efeito nos espaços naturais é o grande segredo da coisa”, comenta, ao falar que é necessário que o visitante entenda que a presença dele é uma troca.
“A Floresta Nacional do Araripe tem uma característica especial por ser a primeira Floresta Nacional criada no Brasil”, relata Carlos Augusto. Dentro do escopo, ele destaca o projeto de reconhecimento da Chapada do Araripe como Patrimônio Mundial pela Unesco. “Nós estamos falando de mais de um milhão de hectares passando por três estados”, enfatiza, ao falar que é importante que se envolvam mais pessoas e se tenham mais relações.
“Você ser reconhecido é uma etapa. Depois vem a implementação desse patrimônio. Por isso que o envolvimento na sociedade é muito importante, o dos órgãos também, mas a sociedade precisa entender esse processo”, destaca. Como aponta Carlos Augusto, essa relação tende a trazer benefícios como melhoras na visitação e no ambiente, reconhecimento das tradicionalidades à cultura, à religiosidade e aos espaços naturais – tudo, claro, agregado em harmonia para que esse patrimônio consiga, além de ser reconhecidos, perpetue por muitos e muitos anos.
Fonte: Jornal do Cariri
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