Técnicos da Ematerce dão orientações a produtores de acerola em Maranguape. Foto: Divulgação/ Ematerce |
A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Ceará (Ematerce) anuncia, com base nos dados da Empresa Brasileira de Agropecuária (Embrapa), que o Ceará é o segundo maior produtor de acerola do Brasil, sendo responsável por 14,32% da produção nacional. O Estado fica atrás apenas de Pernambuco, que responde por 23,11%. Na terceira colocação está a Bahia, com 10,48%.
No Ceará, técnicos da Ematerce, lotados no escritório de Maranguape, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), atendem a 100 unidades de produção de acerola de pequeno e médio portes. Dentre as propriedades assistidas, está a fazenda Nossa Senhora de Fátima, do agropecuarista Nazareno Cordeiro que, em parceria com o administrador e rendeiro José Moura de Lima Ferreira, plantaram 2,5 mil aceroleiras, 750 limoeiros da variedade taití e 2,2 mil goiabeiras. “A Ematerce atende aos fruticultores de Maranguape desde a implantação das culturas, tratos e orientação de tendência de mercado consumidor”, informa o expansionista da Ematerce, Daniel Frota.
Na fazenda Nossa Senhora de Fátima, a colheita da fruta é feita diariamente, durante todo o ano, e o fornecimento realizado três vezes por semana aos compradores da Ceasa de Maracanaú. Atualmente, os preços pagos pelas frutas são compensadores. O mercado paga pela caixa de 25 quilos de acerola o valor de R$ 70, a da goiaba custa 50 e do limão 60, proporcionando aproximadamente 40% de lucro líquido.
A ACEROLA NO CEARÁ
No Ceará, as regiões da Serra da Ibiapaba, Cariri, Maciço de Baturité e Maranguape são os maiores produtores do Estado. Existem, vários produtores de acerola orgânica, disseminados por todas as regiões e com especial ascensão nas regiões da Ibiapaba, Sertão Central e Cariri. A Região do Nordeste, com Pernambuco, Ceará e Bahia à frente, detém 64% da produção nacional da fruta.
HISTÓRICO
A acerola chegou ao Brasil em 1958. Adaptou-se e foi disseminada pelo território, por meio do empenho pessoal da engenheira agrônoma e professora, Maria Celene Ferreira Cardoso de Almeida, da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), que a trouxe da Costa Rica, na bagagem pessoal.
Atualmente, muitos brasileiros têm o conceito de que a acerola é uma fruta nativa do Brasil, porque se cultiva, com facilidade, a aceroleira em residências, parques e jardins. O cultivo e consumo são bastante estimulados, pois a mídia especializada a coloca como importante fonte de vitamina C. Quando comparada ao suco de limão ou de laranja, possui de 50 a 100 vezes maior teor dessa vitamina, respectivamente.
Essa alta concentração da vitamina C expressa a importância da acerola como atividade funcional, porque possui antioxidantes que atuam sobre radicais livres e tem ação imunoestimulante. Além disso, o plantio promove produção e comercialização da acerola em diferentes regiões do Nordeste e no estado de São Paulo, com benefícios socioambientais, minimizando o êxodo rural e garantindo rentabilidade ao homem do campo, como ocorreu em Junqueirópolis-SP. Em 2023, comemora-se no Brasil 65 anos da chegada da fruta estrangeira que se naturalizou brasileira, a cereja das Antilhas, popularmente conhecida como acerola.
Fonte: Opinião CE
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