terça-feira, 21 de novembro de 2023

Município do Barro lidera registros de altas temperaturas no Cariri


Vários estados brasileiros enfrentam uma onda de calor intenso, que já passa dos 50 dias. Entre os anos1960 e 1990, conforme aponta análise do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a sequência de dias com ondas de calor não passava de uma semana, em média, a cada ano. Atualmente, as altas temperaturas ultrapassam os 40° C em diversas cidades do país, inclusive na região do Cariri. No último dia 13, em todo o Ceará, a cidade do Barro alcançou a temperatura de 40,4° C, atrás apenas de Jaguaribe, que registrou 40,5° C. No Estado, os picos de calor se concentram no Vale do Jaguaribe, no Sertão Central e Inhamuns e no Cariri.


De acordo com Meiry Sakamoto, gerente de Meteorologia da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), a tendência para os próximos dias é que o calor continue. “Em novembro de 2023, na região do Cariri, a temperatura máxima passou dos 40° C. A localização e as condições geográficas contribuem para que a temperatura no início da tarde, em Barro, seja mais alta do que em outras localidades, como Juazeiro do Norte, Crato e Barbalha, que estão localizadas mais próximas da Chapada do Araripe”, aponta. A gerente de meteorologia acrescenta que convém observar que não há equipamentos de medição de temperatura do ar em todos os municípios do Cariri, o que limita a observação e os registros desses máximos na região.


O médico neurologista Saulo de França, coordenador de AVC no Hospital Regional do Cariri, menciona a quantidade de casos de Acidente Vascular Cerebral (AVC) pode aumentar diante de altas temperaturas. “A exposição ao calor provoca uma dilatação dos vasos sanguíneos, o que favorece para baixar nossa pressão, provocando assim um mal estar”, explica. O médico também detalha a necessidade de ingerir água, já que “a desidratação também pode aumentar a viscosidade do sangue e os níveis de colesterol, o que por sua vez aumentam a probabilidade de trombose microvascular e do AVC, em especial nos hipertensos e diabéticos”.


Fonte: Jornal do Cariri

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