O livro aborda especialmente o Coronelismo e o Cangaço, na região do Cariri. Os conflitos, as alianças entre coronéis e cangaçeiros, durante o auge da República Velha, revelam o tempo, quando cada homem era sua própria lei. Com traços marcantes do regionalismo de 30, à luz dos mestres que inspiraram o autor (Jorge Amado, José Lins do Rego, Rachel de Queiroz e Graciliano Ramos), escreveu um romance de costumes do Cariri cearense, desde seu povoamento, até o auge das deposições políticas, dos crimes encomendados e quando Lampião gostava de perambular o Cariri, sob a mística do padre Cícero.
Nessa toada que mergulha sobre o mistério do milagre de Juazeiro, Hérlon cria personagens místicos, a exemplo da indígena Araci, com pinceladas de realismo fantástico que autor confessa ter se inspirado em Gabriel Garcia Márquez e Isabel Allende. Paiol de Pólvora é romance, portanto, de personagens marcantes e profundos, de sentimentos e emoções contraditórias.
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