Em alta estação de férias e com chuvas mais intensas no Estado, municípios cearenses começaram a registrar ataques de piranhas na região Centro-Sul, principalmente em açudes das cidades de Iguatu e Orós. A situação está afetando moradores e turistas do local de banho e lazer. As espécies identificadas são as piranhas brancas, ou pirambebas, as Serrasalmus marginatus, e as piranhas-vermelhas, que possuem o nome cientifico Pygocentrus Nattereri. Com o período chuvoso mais acentuado, a reprodução dessas espécies também aumenta, com ninhos localizados geralmente nas margens dos açudes, lagoas e rios.
Segundo Evanilson Saraiva, presidente da Associação de Moradores, Pescadores e Agricultores do Sítio Barrocas de Alencar do município de Iguatu, os ataques aumentaram no Município em janeiro e na primeira quinzena de fevereiro. De acordo com o morador, alguns pescadores da região estavam jogando carcaças de tilápia próximo ao local de banho, fazendo com que as piranhas fossem atraídas para onde estavam as pessoas. Com isso, os ataques aumentaram. Evanilson conta que as regiões do corpo mais atingidas nos ataques foram o dedão do pé e o calcanhar.
Turistas que visitavam a cidade de Iguatu foram as principais vítimas, conforme o pescador, mas também foram registrados ataques em crianças da região.
RESOLUÇÃO DOS ATAQUES
Em nota, a Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh) afirmou que o controle da quantidade de piranhas pode ocorrer no próprio ambiente, pois existem predadores naturais, como jacarés, cobras, peixes maiores, aves, tartarugas etc. O órgão também relaciona a maior incidência de piranhas entre banhistas ao lançamentos de comida ou descartes do tratamento de outros peixes. “É necessária maior conscientização da população local para evitar se alimentar às margens do reservatório, visto que isso pode condicionar os animais”, afirma, em nota.
A Cogerh ainda informa que está articulando, em parceria com órgãos de controle ambiental municipais e estaduais, medidas que possam diminuir o risco de ataques nos açudes. A reportagem entrou em contato com a Prefeitura de Iguatu e de Orós para saber a quantidade de ataques nas regiões e o que está sendo feito, mas não houve retorno até o fechamento.
Fonte: Opinião CE
Foto: Reprodução/Cogerh - Imagem ilustrativa
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