Como presidente da Federação Brasil da Esperança que reúne os três partidos, PT, PCdoB e PV, analisando o tratamento dado aos comunistas de Crato me vem uma reflexão histórica e pedagógica dos fatos políticos e do passado e atuais, remeto-me ao passado, lembrando de um dos maiores faróis do movimento comunista nacional, Luís Carlos Prestes.Obviamente seguido do nosso maior ícone, João Amazonas.
Ambos eleitos para a constituinte de 1946, o primeiro para o senado e o segundo para a grande bancada da Câmara Federal. Com suas atuações pragmáticas, marcantes, eram constantemente bombardeados pelas hordas da UDN, PSD ou mesmo dos corvos da primeira república que a exemplo do ex-presidente Artur Bernardes, resistiam e como domadores tomaram as rédeas do poder e se mantiveram no domínio das suas atribuições parlamentares. Ganhando destaque na imprensa da época, sendo respeitados e ganhando aliados nos meios de comunicação, se destacaram nas notícias políticas e junto com o polêmico e ex-marxista Carlos Lacerda, criaram dificuldades para os mandatos comunistas.
Prestes, nosso cavaleiros da esperança nunca foi poupado das indagações a despeito de seus posicionamentos políticos e sobre o Partido Comunista do Brasil.
Ao alinhar-se com Getúlio quando este resolve posicionar-se do lado da URSS e por conseguinte aos aliados, sendo que, por tempos passados tivera sua esposa, judia Olga Benário, entregue pelo Estado Novo, nas mãos dos nazistas alemães, Prestes por vezes, responde: "Os Comunista colocam os interesses do povo, os interesses da democracia, o progresso e o bem estar da pátria muito acima de seus sofrimentos pessoais, de suas paixões ou de seus próprios interesses". Exemplo patriota de um grande dirigente Comunista.
Agora em 2024, sinto-me como o cavaleiro da esperança, Carlos Prestes, um comunista perseguido, tratado como um cativo, pressionado a servir a quem se vale da democracia para oprimir, em meio às perseguições políticas, pessoais, ignorando a contribuição do PCdoB como base aliada.
Negligenciando as reivindicações das nossas representações comunitárias, desprezando as necessidades do povo na saúde, na educação, e em tantas outras áreas sociais necessitadas de políticas públicas. A cultura vilipendiada por inúmeras gestões, segue no abandono.
É preciso acreditar que uma nova liderança surja no nosso campo democrático, tendo ou não o devido apoio da gestão para que se façam novas todas as coisas.
O povo já demonstra a necessidade da mudança, expressa os sinais do cansaço, mostram que o sofrimento se tornou insuportável. Portando, os ventos da mudança incontrolavelmente chegam. O povo já sente o cheiro da primavera e não serão os comunistas a impedir.
Continuaremos por fim, marchando a favor do projeto maior, independente dos nomes que surjam da federação, nosso compromisso é com o Crato e com os cratenses.
Samuel Duarte Siebra, Presidente da FBE, Presidente do PCdoB Crato, Membro da Direção Estadual do PCdoB.
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