terça-feira, 10 de setembro de 2024

Crato e Juazeiro devem receber política pública territorial de combate à violência

Crédito: FABIO LIMA


Dez municípios cearenses devem receber uma política pública territorial de combate à violência. A informação foi divulgada pela diretora de Pesquisa e Avaliação de Políticas Públicas (Dipas), da Superintendência de Pesquisa e Estratégia de Segurança Pública (Supesp), Juliana Barroso, durante um seminário promovido pela Academia Estadual de Segurança Pública do Ceará (Aesp), nesta segunda-feira, 9, no Teatro RioMar Fortaleza, no bairro Papicu, em Fortaleza.


As ações estão integradas dentro do Programa Integrado de Prevenção e Redução da Violência (PReVio), com foco nos territórios, e vêm sendo desenvolvidas pelo Governo do Ceará para os municípios que concentram os maiores índices de violência. As regiões são Fortaleza, Sobral, Caucaia, Maracanaú, Maranguape, Juazeiro do Norte, Crato, Iguatu, Itapipoca e Quixadá, que possuem 51,7% dos Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLIs) no Estado.


De acordo com a diretora do Dipas, Juliana Barroso, o programa está em fase de planejamento e, atualmente, está sendo trabalhado a perspectiva territorial, onde o Estado está desenvolvendo uma cartilha de projetos para jovens de 15 a 29 anos.


“Estado tem conversado com a Educação, Saúde, Cultura, Esporte e Juventude, olhando como as secretarias podem ajudar a implementar ações no território”, disse.


Ainda segundo a diretora do Dipas, as ações estão sendo realizadas a partir das necessidades de cada município, por meio do diálogo entre os gestores municipais para conciliar com as políticas existentes do Estado.


“O objetivo é impactar na criminalidade desses municípios a partir das ações preditivas de criminalidade. A gente espera transformar a vida desses jovens a partir de projetos de vida diferenciados”, destaca.


Durante o seminário “A Segurança Pública na Era da Sociedade da Informação”, da Aesp, a especialista destacou os desafios de políticas preventivas na segurança pública, principalmente para os jovens. Ela pontuou a importância do diálogo entre ações de repressão e prevenção, além das ações integradas com outras secretarias.


“É preciso ter um olhar diferenciado para essa população de jovens. “Como recuperar uma sociedade que nem estuda e nem trabalha? Precisamos qualificar essas pessoas, prepará-las para o mercado de trabalho e dar continuidade dessa política de prevenção qualificada”, afirma.


À reportagem, a Casa Civil confirmou, nesta segunda-feira, 9/9/2024, que as ações estão integradas ao PreVio, programa lançado no ano passado e que busca reduzir a violência no Estado por meio de ações de prevenção. Ainda segundo ao órgão, a política pública territorial e mais outra ação ação de prevenção ao público-alvo devem serem lançadas, em breve, pelo governador do Estado, Elmano de Freitas (PT).


Seminário discute ações de inteligência na segurança pública para agentes em formação

O seminário promovido pela Aesp discutiu ações de inteligência para agentes em formação da Academia, além de profissionais da Segurança Pública. O encontro promoveu 14 palestras sobre a era da informação na sociedade. Os debates tiveram início nesta segunda-feira, 9, e seguem até esta terça-feira, 10.


De acordo com o coordenador acadêmico da Aesp, delegado Ciro Lacerda, o tema é uma demanda do governo do Estado a serem inseridos na formação dos novos agentes. Ainda segundo Lacerda, o seminário buscou trazer especialistas fora do Estado para exemplificar as ações de inteligência também fora do Estado.


“Estamos buscando capacitar os profissionais de segurança pública do ponto de vista teórico e prático para que eles possam enfrentar o crime organizado no Estado e ultrapassar as fronteiras por meio das operações interestaduais e internacionais”, destacou o coordenador.


Para o aluno da Aesp, com formação na turma da Polícia Militar do Ceará (PMCE), Fabricio dos Santos, 26, o seminário possibilitou intensificar os estudos sobre a integração das áreas da segurança no combate ao crime.


“Quanto mais a gente aperfeiçoar sobre as ações de inteligência com as áreas integradas, será possível reduzir os índices de criminalidade e ter uma abordagem mais inteligente por parte da polícia”, comenta.


A aluna Michele Carvalho, 28, afirma que conhecer exemplos de casos de inteligência fora do Estado auxiliam na melhor formação. “Aprender com profissionais com casos de sucesso nos ajuda a entender melhor como funciona a teoria na prática, além de entender os novos conhecimentos dentro do atual cenário da criminalidade”, disse.


As informações são do Portal O Povo

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