sexta-feira, 4 de outubro de 2024

Com máxima de 40,2°C, Barro, no Cariri, está entre as cidades do CE com maiores temperaturas desde fim da quadra chuvosa

Foto: Thiago Gaspar

Da cheia de açudes ao alívio do calor, as chuvas são, em geral, comemoradas pelo cearense. Quando cessam, os efeitos logo são sentidos – inclusive no aumento das temperaturas. Desde junho, primeiro mês após a quadra chuvosa, os termômetros têm altas no Ceará, ultrapassando os 40°C.


A temperatura mais alta do semestre até essa quinta-feira (3/10/2024) foi registrada em setembro no município de Barro, na Região do Cariri, que alcançou uma máxima de 40,2°C, de acordo com monitoramento da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme).


A população barrense, aliás, enfrentou as maiores temperaturas do Estado em quase todos os meses desde junho. A exceção foi julho, quando a cidade de Independência, no Sertão de Crateús, atingiu máxima de 40,1°C; enquanto Barro registrou 37,4°C no mês.


Todas as maiores temperaturas do Ceará desde o fim da quadra chuvosa ficaram acima dos 36°C, sempre em cidades do interior. Em Fortaleza, fatores como a proximidade do mar, que atua como regulador da temperatura, contribuem para amenizar o impacto na capital.


Cidades com maiores temperaturas do Ceará por mês


Junho

Barro: 37,5°C

Parambu: 36,5°C

Santa Quitéria: 36°C

Jaguaribe: 36°C

Amontada: 35,3°C


Julho

Independência: 40,1°C

Quixeramobim: 37,7°C

Barro: 37,4°C

Amontada: 36,7°C

Alto Santo: 36,3°C


Agosto

Barro: 40°C

Amontada: 38,2°C

Jaguaribe: 38,2°C

Quixeramobim: 38,1°C

Iguatu: 37,6°C


Setembro

Barro: 40,2°C

Jaguaribe: 39,2°C

Viçosa do Ceará: 39,1°C

Quixeramobim: 38,8°C

Camocim: 38,1°C


Outubro (até dia 3)

Barro: 40,1°C

Quixeramobim: 38,5°C

Jaguaribe: 38,2°C

Viçosa do Ceará: 37,8°C

Russas: 37,6°C


No período conhecido como “B-R-O Bró”, iniciado em setembro, predomina a baixa quantidade de nuvens no céu. Isso favorece uma maior incidência de radiação solar, aumentando o calor principalmente à tarde, como explicou Vinicius Oliveira, meteorologista da Funceme.


É no segundo semestre, por outro lado, que a amplitude térmica – diferença entre as temperaturas mais baixas e mais altas em uma localidade ao longo do dia – fica maior no Ceará, justamente pela ausência de nuvens e de chuvas.


"Durante a madrugada e manhã, temos uma maior perda de radiação, e aí as temperaturas baixam bastante. Já durante o dia, aumentam. Principalmente no B-R-O Bró, que tem as temperaturas máximas do ano", aponta Vinicius.


O que a população “sente na pele”, porém, segundo reforçou o meteorologista à reportagem, depende ainda de fatores como velocidade do vento e umidade relativa do ar – e esta última amarga índices bastante baixos no segundo semestre.


Além da própria Funceme, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emite avisos diários alertando sobre quais cidades cearenses terão índices de umidade considerados “perigosos” ou “potencialmente perigosos” à saúde da população.


Previsão do tempo

Nesta sexta-feira (4), a previsão é de "céu variando de parcialmente nublado a poucas nuvens, com baixa possibilidade de chuva isolada, passageira e de fraca intensidade no Litoral de Fortaleza e Cariri", segundo aponta a Funceme. Nos demais turnos, o céu deve permanecer com poucas nuvens em todas as macrorregiões, com ocorrências de rajadas de vento de até 60km/h.


Já no sábado (5), o céu permanecerá "variando de parcialmente nublado a poucas nuvens em todas as macrorregiões". À tarde, as temperaturas máximas podem chegar a 38°C nas macrorregiões do Litoral Norte, da Jaguaribana, do Cariri e do Sertão Central e Inhamuns, onde a umidade também deve ficar menor, entre 20% e 30%.


Fonte: Diário do Nordeste

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