No calendário diocesano de Crato, o dia 24 de outubro se veste de vermelho e bolinhas brancas, as cores da simplicidade e do sacrifício. É um dia que leva a memória até Santana do Cariri, onde a jovem Benigna Cardoso, com sua vida oferecida a Deus, ascendeu aos altares, reconhecida pela Igreja como beata. Seu martírio pela pureza e fidelidade tornou-se exemplo de coragem e santidade.
Todos os anos, há mais de duas décadas, uma multidão de fiéis se reúne no local de seu martírio para celebrar, em romaria, a heroína da Castidade e Mártir da Pureza. Da pequena cidade ao céu, seu testemunho ecoa. Na última quinta-feira, assim como em tantos 24 de outubro passados, centenas de romeiros e devotos trilham esse caminho de fé. Bispos, padres, religiosas, seminaristas e o povo de Deus se reuniram em torno da mesa da Eucaristia para celebrar sua memória em uma solene liturgia.
“A vida de Benigna Cardoso, assim como a de tantos mártires, nos ensina que o verdadeiro amor não busca recompensas materiais ou conforto mundano. Assim como os mártires dos primeiros séculos, Benigna carregou em seu corpo o sofrimento de Cristo, para que a vida de Cristo fosse manifestada em sua morte”, destacou Dom Magnus, bispo de Crato, durante sua homilia. “Que, ao meditarmos sobre a vida de Benigna Cardoso, possamos também beber da ‘água viva’ de Cristo e ser testemunhas de um amor que transforma e que, mesmo diante da morte, floresce em vida eterna”, continuou.
Em 24 de outubro de 2022, a Igreja Católica reconheceu oficialmente a santidade da jovem de Santana do Cariri, concedendo-lhe o título de Beata. Na cidade de Crato, o rito de Beatificação foi celebrado com uma Santa Missa solene, presidida por Dom Leonardo Steiner, Cardeal e Arcebispo de Manaus, representante do Papa Francisco, e contou com a presença de fiéis de todo o Brasil.
Por Jornalista Mychelle Santos (Assessoria de Comunicação)
Nenhum comentário:
Postar um comentário