A produção industrial no Ceará registrou queda de 4,5% na passagem de agosto para setembro, conforme divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na quinta-feira (7/11/2024). Esse recuo vem após três meses consecutivos de crescimento, período em que o setor acumulou alta de 5,7%, de acordo com a série histórica da pesquisa.
Na comparação anual, o cenário continua favorável para a indústria cearense, com avanço de 7,1% em relação a setembro de 2023. No acumulado dos últimos 12 meses, o setor apresentou alta de 7,3%, indicando um desempenho positivo sustentado. Em bases trimestrais, o setor industrial do estado também se destaca: entre julho e setembro, houve crescimento de 11,6% em relação ao mesmo período do ano anterior, intensificando o ritmo frente ao segundo trimestre de 2024, que havia registrado alta de 8,1%, e também superando os resultados do primeiro trimestre (6,2%) e do último trimestre de 2023 (3,2%).
Os dados trimestrais sugerem um fortalecimento da atividade industrial cearense ao longo do ano, com aumento no dinamismo produtivo. A passagem do segundo para o terceiro trimestre de 2024, por exemplo, registrou uma alta expressiva de 11,6%, o que reafirma a trajetória de crescimento observada.
Os dados do IBGE integram a Pesquisa Industrial Mensal (PIM) Regional, que desde a década de 1970 acompanha o comportamento do produto real das indústrias extrativas e de transformação. Esse levantamento cobre 17 estados, incluindo os que representam ao menos 0,5% do valor da transformação industrial nacional, além de uma análise específica para a região Nordeste.
Nacional
A produção industrial brasileira registrou crescimento de 1,1% em setembro de 2024 em relação ao mês anterior, de acordo com dados ajustados sazonalmente, mostrando sinais de recuperação em várias regiões do país. Dos 15 locais analisados, sete apresentaram variação positiva, com os avanços mais expressivos no Espírito Santo (2,4%), Goiás (2,4%), Santa Catarina (2,3%) e Rio Grande do Sul (1,9%).
A alta na média móvel trimestral também foi significativa, com desempenho positivo em oito locais, destacando-se Espírito Santo (2,2%), Mato Grosso (1,2%), Goiás (0,9%) e Minas Gerais (0,9%). Esse movimento reflete uma consistência na retomada industrial em regiões estratégicas, apesar de algumas oscilações negativas, como observadas no Pará (-2,8%) e na Bahia (-1,1%).
Na comparação com setembro de 2023, o setor industrial apresentou crescimento de 3,4%, com um saldo positivo em 14 dos 18 locais analisados. O destaque absoluto foi Mato Grosso do Sul, que teve um salto de 12,6%, seguido de perto por Pernambuco, com 12,0%. No acumulado do ano, obteve expansão de 3,1%, com 17 dos 18 locais analisados apresentando crescimento. Entre eles, o Rio Grande do Norte liderou com uma alta de 9,3%, impulsionando o desempenho do setor a níveis superiores aos de 2023.
Analistas apontam que a variação positiva no acumulado anual reflete um cenário de resiliência da indústria frente a desafios econômicos e de infraestrutura em alguns estados. Com uma taxa de crescimento consolidada e o suporte de alguns estados mais industrializados, as expectativas para o setor permanecem otimistas.
Fonte: O estado CE
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