terça-feira, 5 de novembro de 2024

Novo equipamento atenderá até 5.700 animais silvestres ao ano no Cariri

Foto: Ascom Semace


Até o final de 2026, o Centro de Triagem e Reabilitação de Animais Silvestres (Cetras) do Cariri será finalizado, em Crato, para atendimento e reabilitação de animais silvestres, além de servir como uma base para ações de fiscalização e educação ambiental. A ordem de serviço para o início das obras foi assinada, na última semana, pela Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace). O equipamento terá área de 3.000 m², incluindo um laboratório moderno, um escritório regional da Semace Crato e uma clínica especializada. O projeto tem investimento de R$ 11 milhões, resultado de parceria entre o Governo do Ceará, a Secretaria de Obras Públicas (SOP) e a Semace. A estrutura será construída no bairro Batateiras.


“Vimos o Cariri como uma das regiões onde há uma grande demanda, sobretudo ocasionada pelo tráfico de animais, as apreensões feitas na região”, explica Carlos Alberto, superintendente da Semace, ao dizer que a capacidade será de, em média, 5.700 animais por ano. Em Fortaleza, única cidade do Ceará que já possui um Cetras, a capacidade é de 3 mil. “Ele é maior, mas, mesmo assim, a demanda é sempre muito maior que a capacidade de atendimento. Por isso, contamos com apoio de ONGs, organizações, empreendimentos privados, criadouros privados e autorizados pela Semace, que nos ajudam a atender essa demanda, quando nós não temos espaço suficiente nos nossos locais, nos nossos centros de atendimento”, enfatiza Carlos Alberto.


Como explicou, as ocorrências no Cariri acontecem em diversos locais, como estradas, fazendas, espaços onde há depósitos irregulares de animais ou feiras que os comercializam, etc. “Infelizmente, é uma prática ainda comum. Tem diminuído, mas ainda é muito comum essa prática desse tráfico, esse tipo de crime com a nossa fauna silvestre”, conta Carlos Aberto. A lista de animais silvestres vítimas é grande, e inclui aves, como passeriformes, psitacídeos, tucanos, rapinantes; mamíferos, como macacos, raposas, capivaras, cassacos e tatus; e répteis, como quelônios, serpentes e lagartos.


Fonte: Jornal do Cariri

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