Cariri terá projeto pioneiro no país para gestão de resíduos sólidos; saiba como vai funcionar

Foto: Beatriz Morais

A iniciativa será executada pela Regenera Cariri, empresa que fará a gestão dos resíduos em nove municípios da região

O Cariri deu o primeiro passo no pioneirismo para a gestão de resíduos sólidos no país com a chegada da Regenera Cariri, empresa vencedora da concessão desses materiais nas cidades de Altaneira, Barbalha, Caririaçu, Crato, Farias Brito, Jardim, Missão Velha, Nova Olinda e Santana do Cariri. O projeto é pioneiro no Brasil e vai tornar o Cariri referência positiva no manejo de resíduos sólidos, dando a destinação correta para 270 toneladas de resíduos gerados, diariamente, nestas cidades - quantidade que equivale a 14 mil caminhões compactadores de lixo, por ano, descartados majoritariamente de maneira incorreta e poluindo o meio ambiente.

A Regenera Cariri ficará responsável pela gestão e tratamento dos resíduos, enquanto a coleta continuará sob gestão das prefeituras locais. Serão investidos mais de R$ 110 milhões, ao longo de 30 anos de contrato, para construir a infraestrutura necessária à operação da concessionária. A Regenera Cariri vai implantar unidades de triagem, tratamento mecânico e locais de descarte adequado, adotando práticas sustentáveis e cumprindo o que determinam o Plano Nacional de Resíduos Sólidos e Novo Marco Legal do Saneamento. A concessão de resíduos sólidos foi promovida pelo Consórcio Intermunicipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (Comares).

Com a operação da Regenera Cariri, os municípios poderão desativar lixões a céu aberto, onde há pessoas em atividade de catação insalubre. Além disso, a gestão correta dos resíduos vai contribuir de forma significativa para a preservação ambiental, em especial das fontes de águas subterrâneas; além de ampliar o potencial de geração de renda dos catadores, que poderão ter, ainda, melhores condições de saúde e segurança na atividade.

“É compromisso, da Regenera Cariri, trabalhar para proteger as riquezas da região, como o solo, a água cristalina dos lençóis subterrâneos, a biodiversidade da Chapada do Araripe e toda a população da região. Tudo isso é afetado de forma negativa pelo descarte e gestão inadequadas dos resíduos sólidos”, reforça o diretor da empresa, Franklin Willemyns.

Primeiras atividades

Estão, agora, na etapa inicial as obras de construção de um Ecocentro - ou Estação de Transferência de Resíduos (ETR) - na cidade de Jardim. A estrutura vai receber o material coletado na cidade e direcionar para o tratamento ambientalmente correto. Quando o Ecocentro de Jardim iniciar a operação, é para lá que serão encaminhadas as 21 toneladas de resíduos sólidos gerados, por dia, no município. Esse processo vai permitir a desativação do lixão municipal, contribuindo para a preservação do meio ambiente e para a melhora da qualidade de vida dos moradores locais.