Foto: Valter Campanato/Agência Brasil |
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pediu, em visita ao Congresso nesta terça-feira (18), que parlamentares analisem um projeto de anistia aos condenados pelo 8 de Janeiro que invadiram e destruíram as sedes dos Três Poderes em Brasília.
Bolsonaro disse à imprensa que tem se reunido para discutir o tema com os presidentes da Câmara e do Senado, Hugo Motta (Republicanos-PB) e Davi Alcolumbre (União-AP), com parlamentares aliados e presidentes de partidos.
"Temos conversado. Há dez dias conversei com o Kassab, conversa reservada. Ele falou já, em parte, o que aconteceu. Hoje o que sinto conversando com parlamentares, como do PSD, a maioria votaria favorável. Acho que, na Câmara, já tem quórum para aprovar a anistia", afirmou. O filho dele, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), também se manifestou afirmando que "há apoio popular à medida”.
O ex-mandatário da República ainda discutiu com senadores estratégias de oposição ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Sobre a expectativa de estender a anistia à inelegibilidade a que está submetido, Bolsonaro citou que uma possível alteração da Lei da Ficha Limpa. "O pessoal está entendendo que a Lei da Ficha Limpa é usada para perseguir a direita", disse.
A PEC da Anistia aos condenados pelo 8 de Janeiro tem projetos na Câmara e no Senado. Apesar de o texto estar mais avançado na Câmara, o projeto ainda não teve uma comissão especial instalada e, por isso, está parado na Casa.
Entre as medidas visadas pelo projeto, estão as de restrição de direitos como prisão, uso de tornozeleira eletrônica e restrições de comunicação dos condenados.
Denúncia da PGR
O pedido de análise de anistia dos vândalos de 8 de Janeiro acontece em meio a uma possível denúncia da PGR contra Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado.
O ex-presidente usou as redes sociais, nessa segunda-feira (17), para convocar apoiadores para uma manifestação em Copacabana, no Rio de Janeiro, no próximo dia 16 de março.
"Eu, Silas Malafaia e outras lideranças estaremos em Copacabana, Rio de Janeiro. A nossa pauta: liberdade de expressão, segurança, custo de vida, fora Lula 2026 e anistia já", disse Bolsonaro no vídeo.
Em novembro de 2024, Bolsonaro foi indiciado por crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa. Conforme a legislação, se somados, os crimes podem levar a uma pena de 28 anos de prisão.
Fonte: Diário do Nordeste
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