Com a presença de autoridades institucionais, professores, pesquisadores e estudantes, foi aberto na manhã desta segunda-feira, 14, com programação até dia 16 de abril (quarta-feira), o I Colóquio Internacional sobre Patrimônio Fossilífero do Brasil, como tema ‘Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, Cooperação Internacional e Popularização da Ciência’ . O evento reúne pesquisadores renomados nacionais e internacionais, no Museu Paleontologia Plácido Cidade Nuvens, em Santana do Cariri. No final da tarde, foi aberta a Exposição Interativa "Fósseis da Chapada do Araripe - Acervo de fósseis repatriados, Holótipos e Paleoarte, num trabalho inédito de expografia apresentado ao público.
O Colóquio é uma realização conjunta da URCA, Geopark Araripe Mundial da UNESCO, Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), MRE, com o suporte financeiro do CNPq e da URCA, por meio do Governo do Estado, e apoio das instituições convidadas.
Ao longo da programação, serão realizadas conferências e palestras presenciais e online. Participam do evento o Presidente da Rede Global de Geoparks, Nickolas Zouros, Juana Nunes, Diretora do Departamento de Popularização da Ciência, Tecnologia e Educação Científica do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), o presidente da Rede Brasileira de Geoparks da UNESCO e Diretor Executivo do Geopark Araripe, Eduardo Guimarães, o vice-coordenador da Rede Geolac, Felisa Arellano, da coordenação Nacional de Arqueologia do México.
Também presentes, a representante da Embaixada da Alemanha no Brasil, Friederike Melzner, o membro do Conselho de Administração da Sociedade Senckenberg para Pesquisa da Natureza, Danilo Bandeira, o secretário da DAM/MRE e Comissão Nacional do Brasil para a UNESCO, o Procurador da República, Rafael Ribeiro Rayol, o coordenador de cátedra da UNESCO, Artur Sá, e Emmaline Rosa, Coordenadora da Rede de Geoparques da América Latina e Caribe – Rede GeoLAC e a Vice-Reitora da URCA e Superintendente do Geopark Araripe, Professora Socorro Vieira.
O presidente do evento, Professor Patrício Melo, membro do Comitê Científico do Geopark Araripe, deu as boas-vindas aos participantes e ressaltou a importância de todos os órgãos envolvidos, incluindo também as sociedades de paleontologia, pesquisadores independentes e todas instituições.
O Secretário de Ciência,Tecnologia e Inovação, Inácio Arruda,
do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, afirmou que a área da ciência no Brasil tem avançado de forma significativa e destacou os investimentos que estão sendo realizados no processo de modernização do Museu de Paleontologia Plácido Cidade Nuvens, em Santana do Cariri.
R$ 28 milhões em novos equipamentos
São cerca de R$ 28 milhões investidos em novos equipamentos, tornando o Museu de Paleontologia um dos mais modernos do Brasil, na dianteira da inovação, com tecnologia alemã. Com a nova configuração da expografia, o Plácido Cidade agora traz maior interatividade com o público, popularizando ainda mais a ciência. “Esse evento será de larga importância para tratar a questão das pesquisas, debater de forma mais ampla o patrimônio, e ver de que forma poderemos avançar nessas questões”, diz.
Preservação fortalecida
Representando o Ministério das Relações Exteriores, Marco Antônio Nakata, salientou o fortalecimento das ações de preservação e a importância da atuação das instituições, na recuperação de materiais que até mesmo saíram do País, como ocorreu com no caso da repatriação do fóssil Ubirajara Jubatus, com atuação conjunta do Ministérios das Relações Exteriores, Museu de Paleontologia, Ministério da Ciência e Tecnologia, além do Ministério Público Federal e Governo do Estado. O procurador Rafael Ribeiro Rayol defendeu a necessidade de debate na melhoria e atualização da legislação e integração das instituições. Para ele, torna-se imprescindível verificar a situação atual do sítios fossilíferos da região do Cariri.
A Secretária da Secitece, Sandra Monteiro, afirma que o Colóquio tem uma linearidade com o que o Governo do Estado aponta, no fortalecimento do ensino superior, e nesse sentido a ciência e a tecnologia. Todo esse trabalho, conforme a secretária, tem uma relação direta, que aproxima também o ensino básico da ciência e da tecnologia, a cultura e a ancestralidade.
O Reitor da URCA, Carlos Kleber de Oliveira, ressalta a importância dos pesquisadores para que esse trabalho na paleontologia seja evidenciado, além do reconhecimento mundial do Museu de Paleontologia. “Estamos fazendo esse trabalho de gestão e quem está na ponta descobrindo os fósseis são os pesquisadores e pesquisadoras, atuando na identificação desse material, e com isso, esse equipamento se torna imprescindível”, afirma. A nova configuração do museu com os equipamentos de expografia modernos, segundo o reitor, acontece em função de importantes parcerias e dos investimentos do Governo do Estado, através da Secitece, e do MCTI. Também entrará em fase de montagem um tomógrafo, equipamento que trará um impulso ainda maior para a pesquisa na área.
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